Promovido pela Miso Music Portugal e constituindo uma das iniciativas de maior visibilidade do alargado leque de actividades que a associação desenvolve, o Festival Música Viva faz 15 anos em 2009.
Celebrar 15 anos de existência em prol da criação musical contemporânea, com especial atenção dedicada à música portuguesa e às relações da música com a tecnologia (entenda-se música mista, música electrónica, música com imagem, música encenada), é certamente uma boa idade para, em tempo de crise, fazer um balanço do papel que o festival vem desempenhando para a música e os seus criadores e para quem dela usufrui: o público.
O festival afirma-se ano após ano como um espaço privilegiado de reflexão e de confronto de estéticas e de ideias. Ano após ano, o festival faz a história, redefine a tradição, questiona a criação do presente e especula sobre o futuro. Em cada edição novos criadores sobressaem, novos contextos surgem, novas perspectivas emergem, numa mutação própria à criação artística e à qual o festival dá lugar.
Assim, evidencia-se na programação do Festival a Retrospectiva-Prospectiva Cândido Lima para assinalar os 70 anos desta personalidade fundamental da música portuguesa actual; uma interrogação sobre o erotismo em música que dará lugar à estreia do espectáculo Ficções Sonoras Eróticas; inúmeras estreias de compositores portugueses, nomeadamente a obra encomendada pelo CCB a Miguel Azguime para ensemble de câmara, electrónica e narrador sobre o texto de Perrault O Gato de Botas; os concertos Vídeo Música e Cinema dos Sons; instalações sonoras e conferências e uma participação maciça de criações electroacústicas para o Caminho Pedonal, vindas de todo o mundo, no projecto SoundWalk. O Festival Música Viva é uma produção da Miso Music Portugal em co-produção com o Centro Cultural de Belém e integra o FestLab for Creativity & Innovation associado ao ano Europeu 2009 para a criatividade e inovação.
11 Set. Sexta-feira
18h ‹ m/4
EMS - Moinho de Maré de Corroios
InstalaçÃO MULTIMÉDIA
Miguel Azguime, Paula Azguime, Perseu Mandillo, Miguel LEAL: Pedra e Moinho, Nome de Água*EA (2009)
* encomenda ecomuseu municipal do seixal
Reabertura ao público do Núcleo do Moinho de Maré do Ecomuseu Municipal do Seixal.
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12 E 13 Set. Sábado e Domingo
16H ‹ m/4 ‹ s/intervalo
EMS - Moinho de Maré de Corroios
em Co-produção com o eCOMUSEU Municipal do Seixal
Teatro Electroacústico CONTOS CONTADOS COM SOM
Paula Azguime concepção
Ágata Mandillo selecção e adaptação das histórias
Ana Mandillo, Rosinda Costa, Ágata Mandillo narradoras
Simão Costa electrónica e difusão sonora
Miso Studio desenvolvimento informático-musical
José Luís Ferreira: Uma Mesa é uma Mesa. Será?*(história Isabel Martins) (2008)
Miguel Azguime: O Rouxinol do Imperador*(história de H.C. Andersen) (2006)
Ângela Lopes: A menina dos olhos de chuva*(adaptação de história de Anne Lauricella) (2008)
Sérgo Pelágio: A Velha e o Ladrão*(história de António Torrado) (2008)
Isabel Soveral: Nuno e os Monstros* (história de Ágata Mandillo) (2008)
Simão Costa: Quando eu nasci** (2009)
(história de Isabel Martins) EA
* encomenda Miso Music Portugal
* * encomenda ecomuseu municipal do seixal
Este espectáculo continua a apresentar as suas novas músicas e histórias para encantar os mais novos. São histórias de sonhos, de monstros, de magia, de lugares, de meninas e meninos curiosos. Histórias de sons que habitam as nossas casas e nos envolvem... para ouvir palavras faladas e musicadas.
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12 Set. Sábado
21H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian
em Co-produção com a Fundação Calouste Gulbenkian
ORQUESTRA GULBENKIAN
Pedro Amaral direcção
Earle Brown: Folio and 4 Systems EA (1954 – 11’)
Franco Donatoni: To Earle EP (1979 – 9’)
Morton Feldman: The Turfan Fragments EP (1980 – 17’)
Christopher Bochmann: Linus (2002 – 11’)
Hugo Ribeiro: Inventio EA (2009 – 9’)
Cândido Lima: A-MÈR-ES* (1979 – 20’)
* encomenda Fundação calouste gulbenkian
Neste concerto de abertura, a Fundação Calouste Gulbenkian associa-se novamente ao Festival Música Viva para um percurso musical que põe em perspectiva a história musical dos últimos 60 anos e que percorre algumas etapas da evolução do conceito de forma aberta.
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13a20 Set. domingo a domingo
13 20h às 24h - 14a20 10h às 24h caminho pedonal
Sound Walk EA
Resultando de um convite a nível mundial dirigido aos compositores de música electroacústica, Sound Walk é uma instalação sonora colectiva e inédita que durante todo o decurso do festival acompanha os visitantes que percorrem o Caminho Pedonal do Centro Cultural de Belém. Sound Walk proporciona a vivência de paisagens sonoras em espaço público.
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13a19 Set. domingo a sábado
Foyer do Pequeno Auditório
Antes de caDa concerto
Instalações SONORAS
André Castro: Radio Fragments
Este é um projecto de envolvimento sonoro-radiofónico de André Castro, que pretende abrir espaços para outro tipo de atenção auditiva, diferente da habitualmente associada à escuta radiofónica. Uma emissão de rádio é ouvida e analisada em tempo-real, em busca daquilo que normalmente se procura evitar no contexto radiofónico: pausas, indecisões, espirros, ruídos, espaços mortos, erros. Estes fragmentos de matéria hertziana são desmultiplicados por diversas camadas de processamento, dando origem ao tecido sonoro de Radio Fragments, a partir do qual se procurará criar espaços entre palavras e músicas, espaços entre si próprios, espaços de respiração. Um espaço no qual o público pode sintonizar, ouvir, observar e respirar.
colectivo suéco MAM - Mattias Skold, Anna Einarsson, Mattias Pettersson, e a MSM MãoSimMão/Simão Costa:
In(g) sonic Mov28 EP
A graça e prazer do 28, promete transportar o CCB dos Prazeres à Graça. O porte e transporte da carreira 28 da Carris, emblemático eléctrico Lisboeta, dará o Som. O património auditivo deste transporte público será a pedra em bruto que dará origem a uma escultura acústica.
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13 Set.Domingo
21H ‹ m/16 ‹ c/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
Sond'Ar-te Electric Ensemble
Jean-Sébastien Béreau direcção
Miguel Azguime narrador
Monika Streitová flauta
Nuno Pinto clarinete
Hirata Hisako piano
Suzanna Lidegran violino
Nuno Abreu violoncelo
Jean Marc Sullon assistente informático musical
Paula Azguime projecção sonora e imagem
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
Luís Tinoco: O Silêncio e as Pedras* (2008 – 9’)
Ricardo Ribeiro: Intensités (2001, rev.2006 – 6’)
Cândido Lima: ETRAS-cantos de sonhi ma**EA (2009 – 15’)
Miguel Azguime: Mestre Gato ou
O Gato de Botas*** EA (2009 – 27’)
* encomenda Miso Music Portugal
** encomenda CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS
*** encomenda CENTRO CULTURAL DE BELÉM
O Sond’Ar-te Electric Ensemble é já hoje, em Portugal e no estrangeiro, reconhecido como uma proposta inovadora no panorama musical europeu contemporâneo, por conjugar de forma estruturante os instrumentos acústicos com os meios electrónicos. Com uma adesão entusiástica por parte do público e dos vários compositores que já escreveram ou estão a escrever para o grupo, as suas propostas musicalmente e tecnicamente consistentes e convincentes misturam neste concerto/espectáculo música, palavra, electrónica e imagem. O Sond’Ar-te Electric Ensemble apresenta neste concerto obras de autores portugueses todas especialmente escritas para o ensemble, sendo de destacar as estreias absolutas de ETRAS-cantos de sonhi ma de Cândido Lima, encomenda da Câmara Municipal de Matosinhos, e de Mestre Gato ou o Gato de Botas de Miguel Azguime, narrativa fantástica cénico-musical em torno do conto de Perrault, encomenda do CCB.
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14 Set.segunda-feira
21H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
i parte
POWERTRIO
Eduardo Raon harpa, electrónica
Joana Sá piano, toy piano
Luís Martins guitarra
POWERTRIO: A corda há-de cantar agora EA (2009 – 30’)
A CORDA, ESTICADA
entre duas cabeças, lá no alto,
tenta alcançar, também com as tuas mãos,
o eterno exterior,
a corda
há-de cantar agora – e canta.
Um som
sacode os selos
que tu violas.
II parte
em Co-produção com o INSTITUTO CULTURAL ROMENO / Projecto Focus Romania
PEARLS BEFORE SWINE EXPERIENCE
Sara Hammarström flautas
George Kentros violino
Mats Olofsson violoncelo
Märten Landström piano
Diana Rotaru: Tremurcutremur EP (2008 – 5’)
António Pinho Vargas: Terceiro Verso de Caeiro EP (1997 – 3’)
Adrian Borza: Lay Low EP (2007 – 4’)
Cristian Marina: Falso brilhante EP (2005 – 6’)
Cristian Lolea: Micro Circuits EP (2008 – 5’)
Cândido Lima: Nanghê (1990 – 8’)
Par Lindgren: Soirée de Nöel EP (2007 – 9’)
Cristian Bence-Muk: Rádio.zip EP (2008 – 5’)
Proveniente de Estocolmo, é um quarteto de músicos excepcionais com uma energia contagiante, que tem desenvolvido um novo repertório que assenta em obras miniatura ou muito curtas. Têm desta forma preparado programas que constituem panoramas diversificados da música de cada país. Para o concerto em Lisboa, e resultando da parceria com o compositor romeno Cristian Marina e em colaboração com o Instituto Cultural Romeno, prepararam um programa que põe em perspectiva a música sueca, romena e portuguesa.
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15 Set. Terça-feira
10.30H ‹ c/inscrição concurso@misomusic.com
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
WORKSHOP MÃOS NA MASSA: DO SOM
Miso Studio desenvolvimento informático-musical
Traga a sua música preferida e venha difundi-la! Uma oportunidade única aberta a todos, para a descoberta da difusão sonora em multipistas com a Orquestra de Altifalantes e uma vivência indelével do som.
21H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
i parte
VÍDEO MÚSICA Visage presque bleu
RICARDO GUERREIRO projecção sonora
Miso Studio desenvolvimento informático-musical
Luciano Berio: Visage (1961 – 21’)
Horácio Vaggione (música e vídeo): Presque Bleu (2008 – 6’)
Visage Presque Bleu é o título do primeiro de três concertos Vídeo Música dedicados à relação da música e da imagem. Por um lado teremos a obra emblemática de Luciano Berio Visage que se inscreve pela sua característica de linguagem vocal, original e emocional numa das temáticas do festival deste ano: música e erotismo; por outro lado,Presque Bleu de Horacio Vaggione revela-nos o desenvolvimento composicional sonoro e visual do compositor, num trabalho de integração identitária das duas abordagens, que especula sobre os seus diferentes graus de correspondência e sincronização, num percurso de pesquisa do que pode ser entendido por visualização do som.
iI parte
em Co-produção com a CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS
QUARTETO DE CORDAS DE MATOSINHOS
Vitor Vieira violino
Juan Maggiorani violino
Jorge Alves viola
Marco Pereira violoncelo
António Chagas Rosa: Quarteto de Cordas nº 1 * (2009 – 17’)
Miguel Azguime: Le Feu qui Dort * (2008 – 14’)
Cândido Lima: Vozes à Luz * (1996 – 30’)
* encomenda CÂMARA MUNICIPAL DE MATOSINHOS
O Quarteto de Cordas de Matosinhos criado em 2007, projecto extraordinário da Câmara Municipal de Matosinhos e invulgar no panorama nacional, traz-nos neste concerto três obras encomendadas pela Câmara Municipal de Matosinhos a três compositores portugueses.
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16 Set.Quarta-feira
21H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
i parte
VÍDEO MÚSICA A CONDIÇÃO HUMANA
Paulo Ferreira-Lopes e João Pedro Oliveira projecção sonora
Miso Studio desenvolvimento informático-musical
Paulo Ferreira-Lopes (música) / Cláudia Robles (vídeo): Wintermusik aus dem Buch der Dunkelheit (2007 – 10’)
João Pedro Oliveira (música) / Takagi Masakatsu (vídeo): Bloomy Girls (2007 – 6’)
João Pedro Oliveira faz a sua primeira incursão nas relações do seu trabalho composicional com a imagem, e Paulo Ferreira-Lopes reafirma a sua preferência por trabalhos pluridisciplinares, numa prática regular e coerente que tem originado colaborações com inúmeros artistas de outras áreas.
iI parte
LIM – LABORATORIO DE INTERPRETACIÓN MUSICAL
Jesus Villa-Rojodirecção
Antonio Árias flauta
Rafael Tamarit oboé
Carlos Casadóclarinete
Gerardo López Laguna piano
Salvador Puig violino
Emílio Navidad viola
Enrique Ferrández violoncelo
Agustín Bertomeu: Quinteto EP (1991 – 7’)
Jesus Villa-Rojo: Variaciones Messiaen EP (2008 – 12’)
Michèle Reverdy: Anacoluthes EP (2008 – 13’)
Carlos Villasol: De Orfeo a la sociedad EP (2008 – 10’)
Luís Cardoso: Serenata (2003 – 8’)
Esteban Benzecry: Como una luz desde el infinito EP (2005 – 11’)
O LIM (Laboratorio de Interpretación Musical - Madrid), emblemático e sobejamente conhecido agrupamento espanhol, vem a Portugal para nos dar a conhecer várias obras recentes de compositores espanhóis, às quais se vêm juntar uma obra de uma das figuras mais importantes da música francesa actual: Michèle Reverdy e uma obra de um dos compositores emergentes da nova geração em Portugal: Luís Cardoso.
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17 Set.Quinta-feira
19H ‹ m/6 ‹ s/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
VÍDEO MÚSICA SOM DAS ESFERAS
Wilfried Jentzsch e Hiromi ishii curadores, projecção sonora
Per Bloland (música) / Arie Stavchansky(vídeo): Graveshift EP (2004 – 5’)
Adam Stansbie (música) / Vishal Shah(vídeo): Seek Assistance EP (2006 – 3’)
Hiromi Ishii (música e vídeo): Ryum EP (2008 – 6’)
Stephan Larson (música e vídeo): Discord – metal and meat EP (2003 – 5’)
Wilfried Jentzsch (música e vídeo): Sphärenklänge EP (2008 – 7’)
Jonathan Kirk(música e vídeo): I’ve got a guy running EP (2006 – 7’)
Elsa Justel(música e vídeo): Destellos EP (2001 – 5’)
Wilfried Jentzsch (música) / Jean Detheux (vídeo): Mugenkei EP (2007 – 6’)
O terceiro concerto Vídeo Música tem a responsabilidade partilhada de Wilfried Jentsch e Hiromi Ishii, dois criadores que privilegiam no seu trabalho as relações entre música e imagem e que nos propõem com Som das Esferas trabalhos de uma dezena de artistas que ilustram as maneiras múltiplas de abordar o encontro do som e da imagem, assim como as novas formas que podem nascer dessa colaboração. Da abstracção pura à música e vídeo de intervenção! Eis pois um convite para deitar um novo olhar... e despertar uma nova escuta.
21H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Claustro do Mosteiro dos Jerónimos
em Co-produção com o Mosteiro dos jerónimos/IGEspar/LIEU
Projecto financiado com o apoio da Comissão Europeia
ENSEMBLE ALEPH + SOND'AR-TE ELECTRIC ENSEMBLE
Pedro Amaral direcção
Monika Streitová flauta
Nuno Pinto clarinete
Ana Telles piano
Suzanna Lidegran violino
Jorge Alves viola
Marco Pereira violoncelo
Monica Jordan voz
Dominique Clément clarinete
Noëmi Schindler violino
Christophe Roy violoncelo
Sylvie Drouin piano e acordeão
Jean-Charles François percussão
Jean Marc Sullon assistente informático musical
Paula Azguime projecção sonora
Cândido Lima: Gestos-Circus-Círculos* (2001 – 12’)
Dominique Clément: Let’s go EP (2003 – 14’)
António de Sousa Dias: Ressonâncias- Memórias**(2003 – 9’)
Emmanuel Nunes: Einspielung I*** (1979 – 18’)
IANNIS XENAKIS: Nomos Alpha (1966 – 15’)
Marco Stroppa: Ossia EP (2005 – 18’)
* encomenda Porto 2001/Casa da Música
** encomenda OrchestrUtopica
*** encomenda FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Uma proposta contemporânea num dos grandes monumentos do Renascimento, numa junção de estilos, de artes e de narrativas que ilustram todas elas, a descoberta de novos mundos e simbolizam o espírito da força criativa, da investigação artística e do intercâmbio. Concerto partilhado pelo Ensemble Aleph de Paris e o Sond’Ar-te Electric Ensemble; para descobrir autores fundamentais da actualidade, provenientes de diversos países (Portugal, Grécia, Itália e França) para os quais Paris constitui uma esfera de referência e de difusão.
"Concerto integrado no projecto LE LIEU (Laboratoire Instrumental Européen), financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta apresentação relfecte apenas as opiniões dos autores, não podendo a Comissão ser responsabilizada por qualquer utilização que possa ser feita das informações nela contidas."
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18 Set.sexta-feira
21H ‹ m/6 ‹ s/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
CÂNDIDO LIMA MÚSICA ELECTRÓNICA E IMAGENS
conversa pré-concerto a propósito da obra de Cândido Lima por António de Sousa Dias
Orquestra de Altifalantes
José Luís Ferreira projecção sonora
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
Cândido Lima: Toilles III (1981 – 12’)
Cândido Lima: Lendas de Neptuno* (1987 – 11’)
Cândido Lima: Autómatos da Areia** (1978 – 12’)
Cândido Lima: Bleu-Rouge (Regards) (1997 – 10’)
Cândido Lima: Oceanos (1980 – 26’)
* encomenda Fundação Calouste Gulbenkian
** encomenda Câmara Municipal de Matosinhos
Com excepção de Bleu-Rouge, as obras deste concerto marcam um contexto de redescoberta pessoal de novos sons, de novas tecnologias, de novas linguagens. É o reencontro, noutro universo, das linguagens aprendidas na tradição da harmonia e do contraponto europeus, dos sistemas e formas da música erudita ocidental. Noções e conceitos dos domínios da filosofia e das ciências encontram espaço nesta páginas e nestes suportes electrónicos e digitais, onde o tempo, as durações, o ritmo, a pulsação, o movimento, a velocidade, a energia, a massa, a densidade, o continuum, a matéria são apenas extensões daquilo que nos habituamos a encontrar nos clássicos sob o prisma e ângulos próprios e sob a perspectiva de outros princípios de organização. Extensões de um pensamento linear e bidimensional, de um pensamento intuitivo e racional do som, ora como um elemento integrante de hierarquias e hierarquizações do espaço (sistema das alturas) e do tempo (princípios da forma e da estruturação do tempo), aqui se geraram e controlaram novas fontes de som e novas formas de o organizar, manipulando-o não só como símbolo, mas também como matéria táctil, moldável, dotada de propriedades físicas de transformação topológica. É o som como modelo, é o som “em si” dos filósofos (e do ouvinte), é o som gerador de macroformas sonoras que absorvem o som individual em conjuntos globais de sonoridades numa projecção em grandes arquitecturas no espaço. Mas, acima de tudo, imperou sempre o critério do músico, sem o que isto não passaria de especulação estéril e sem consequências. Embora outra música…
Cândido Lima
22.30H ‹ com inscrição concurso@misomusic.com
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
WORKSHOP MÃOS NA MASSA: DO SOM
Miso Studio desenvolvimento informático-musical
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19 Set.sábado
12H ‹ m/6 ‹ s/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
CINEMA DOS SONS A FLORESTA SAGRADA
Orquestra de Altifalantes
Miguel Azguime, Anna Einarsson
Tiago Cutileiro, António Ferreira
António Pinho Vargas
projecção sonora
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
Jorge Peixinho: A Floresta Sagrada EA (1992 – 13’)
Anna Einarsson: Espaços Sonhoros* EA (2008 – 14’)
António Ferreira: Les Barricades Mysterieuses* EA (2009 – 9’)
Tiago Cutileiro: Allmnésia (2008 – 14’)
António Pinho Vargas: Ciclos de Conferências e Diálogos Imaginários* EA (2009 – 26’)
* encomenda Miso Music Portugal
A Floresta Sagrada é o título do primeiro dos três concertos Cinema dos Sons com a emblemática Orquestra de Altifalantes. Este título remete para a figura incontornável de Jorge Peixinho com uma obra electrónica recentemente recuperada pela Miso Music Portugal e que aqui é apresentada em estreia absoluta, infelizmente já sem a presença do compositor. Neste título encontramos também a força expressiva e onírica da música electrónica, que neste concerto nos conduz por caminhos diversos e misteriosos que dão lugar à obra de Tiago Cutileiro Allmnésia e às estreias absolutas de António Ferreira com Les Barricades Mysterieuses, António Pinho Vargas com Ciclos de Conferências e Diálogos Imaginários e Anna Einarsson com Espaços Sonoros composta no âmbito da residência de criação desta compositora sueca no Laboratório Electroacústico de Criação do Miso Studio.
15H ‹ m/16
SALA DE ENSAIOS
Conferência/Debate Música e Erotismo
com a participação de Delfim Sardo, Vasco TAVARES DOS Santos, Pedro Amaral, António de Sousa Dias, Monika Streitová
19H ‹ m/6 ‹ s/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
i parte
Orquestra de Altifalantes
Miguel Azguimeprojecção sonora
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
Obras dos premiados da 10.ª edição do Concurso de Composição Electroacústica Música Viva 2009, cujo júri é este ano constituído por Beatriz Ferreyra, Cândido Lima e Miguel Azguime. EP (aprox. 25’)
iI parte
CINEMA DOS SONS O IMAGINÁRIO DE BEATRIZ
Orquestra de Altifalantes
Beatriz Ferreyra projecção sonora
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
Beatriz Ferreyra: Dans un point infini EP (2005 – 15’)
Beatriz Ferreyra: Murmurein EP (2003 – 5’)
Beatriz Ferreyra: L’autre rive EP (2007 – 17’)
Neste segundo concerto Cinema dos Sons com a Orquestra de Altifalantes damos lugar ao imaginário musical da compositora franco-argentina Beatriz Ferreyra, figura incontornável da história da música electroacústica e que pela primeira vez vem a Portugal apresentar e interpretar a sua música.
21H ‹ m/16 ‹ s/intervalo
Pequeno Auditório - Sala Eduardo Prado Coelho
CINEMA DOS SONS FICÇÕES SONORAS ERÓTICAS
Orquestra de Altifalantes
Ágata Mandillo, Rosinda Costa, Ana Mandillo narradoras
Cândido lima, robert normandeau, Beatriz Ferreyra, António de sousa dias, josé luís ferreira
projecção sonora
MISO STUDIO desenvolvimento informático-musical
António de Sousa Dias: A Dama do Unicórnio*(texto original Maria Teresa Horta) EA (2009)
José Luís Ferreira: Trópicos* (texto Henry Miller) EA (2009)
Robert Normandeau: Jeu de Langues* EA (2009)
Cândido Lima: ERÉTYICA-ai Deus i u é? * EA (2009)
Beatriz Ferreyra: Pas de 3 ou plus*EA (2009)
* encomenda Miso Music Portugal
O último concerto Cinema dos Sons dá lugar às Ficções Sonoras Eróticas num desafio lançado a vários compositores portugueses e estrangeiros, que se concretiza num conjunto de peças todas em estreia absoluta que recriam seguramente as visões sonoras que cada um deles advinha no erotismo.
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20 Set.domingo
15H ‹ m/6
SALA DE ENSAIOS
Conferência/Debate Perspectivas da criação musical em Portugal no século XXI"
com a participação de ANTÓNIO MEGA FERREIRA, Rui Vieira Nery, José Júlio Lopes, Isabel Soveral, Paulo Ferreira Lopes, Miguel Azguime e outros convidados por confirmar
17H ‹ m/6 ‹ c/intervalo
Grande Auditório
em Co-produção com a orquestra Metropolitana de lisboa
ORQUESTRA METROPOLITANA
DE LISBOA
Pierre-André Valade direcção
São José Lapa recitante
Stephanie Manzo harpa
Tiago Cutileiro: Para 20 Instrumentos EA (2003 – 13’)
Claude Debussy: Danses Sacrée et Profane(1904 – 9’)
Miguel Azguime:Águas Marinhas* (2005 – 15’)
José Júlio Lopes: X-Acto EA(2006/2009 – 12’)
Arnold Shoenberg: Kammersymphonie n.º2 opus 38 (1906/1939 – 21’)
*encomenda Japan Society of Contemporary Music
Neste concerto de encerramento, a Orquestra Metropolitana de Lisboa colabora pela segunda vez consecutiva com o Festival Música Viva numa proposta que confronta dois autores em certa medida antagónicos mas complementares para um entendimento do que foi a música do século XX. Trata-se de Claude Debussy com Danses Sacrée et Profanee Arnold Schoenberg com Kammersymphonie n.º 2 op. 38, dois autores que continuam a marcar de forma indelével a linguagem musical dos nossos dias e que por isso servem de pretexto para uma reflexão sobre os caminhos da criação musical do nosso tempo. E, porque este Festival dedica-se essencialmente à criação musical contemporânea portuguesa, serão apresentadas neste mesmo concerto três obras de compositores portugueses para orquestra de câmara, destacando-se duas obras em estreia absoluta de Tiago Cutileiro, Para 20 instrumentos, e de José Júlio Lopes, X-Acto.
EP = ESTREIA PORTUGUESA
EA = ESTREIA ABSOLUTA
Equipa Festival Música Viva:
Miguel Azguime: direcção artística, direcção técnica • Paula de Castro Guimarães: direcção executiva • Jean-Marc Sullon: assistente informático-musical • Perseu Mandillo: direcção vídeo/imagem • José Grossinho: técnico assistente • Sílvia Seixas Rodrigues: assistente • Margarida Moreira: desenho de luz • Marta Catana: produção • Pedro Ferreira: produção • Violeta Barradas: coordenação e gestão • Iago Villaverde, Ana Novas, Adrián Figueroa, Sara Iglesias: estagiários de som e imagem da IES Audiovisual de Vigo • João Amaro: estagiário assistente de produção da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.
Miso Studio: investigação, informática musical & Orquestra de Altifalantes -
Cover Image & Advertising / 3D animation ©Tortoise Movies, designed & created by Perseu Mandillo & Miguel Leal - www.tortoisemovies.com